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Instituições privadas se adaptaram melhor à pandemia, avaliam estudantes

As instituições de ensino superior privadas conseguiram se adaptar melhor durante a pandemia e oferecer mais suporte para os alunos. Essa é a percepção dos estudantes que participaram do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2021 (o primeiro a ser realizado após o início na crise sanitária, já que a edição de 2020 foi cancelada).

De acordo com os dados apresentados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do exame, as IES privadas foram melhor em todos os aspectos avaliados. No questionário, os estudantes deram notas de 1 a 6, em que o 1 representava a opção “Discordo Totalmente” e o 6, “Concordo Totalmente”. As instituições foram divididas em privadas (com fins lucrativos, sem fins lucrativos e especiais) e públicas (federais, estaduais e municipais).

Dessa forma, os alunos dos cursos presenciais avaliaram a celeridade das instituições em oferecerem aulas remotas. Para 86,4%, as instituições privadas sem fins lucrativos conseguiram dar uma solução rápida diante da necessidade de isolamento social. A aprovação das IES privadas com fins lucrativos também foi alta (80.9%). Já as instituições públicas federais foram bem avaliadas por apenas 35,2%.

O cenário é semelhante quando consideradas ações para oferecer suporte aos estudantes com dificuldades de participar das atividades não presenciais, o acesso às referências bibliográficas (livros, artigos e textos) e a didática dos professores, por exemplo. Assim, a percepção dos alunos de instituições privadas quanto aos prejuízos para a formação durante a pandemia foi um pouco melhor do que os da universidades públicas.

Em 2021, fizeram o Enade os estudantes de cursos do Ano II do Ciclo Avaliativo Trienal. Entre os bacharelados, foram avaliados os alunos de ciência da computação, ciências biológicas, ciências sociais, design, educação física, filosofia, geografia, história, química e sistemas de informação. Já as licenciaturas foram de artes visuais, ciência da computação, ciências biológicas, ciências sociais, educação física, filosofia, física, geografia, história, letras português, letras português e espanhol, letras português e inglês, letras inglês, matemática, música, pedagogia e química. Também fizeram a prova os alunos dos cursos tecnológicos de análise e desenvolvimento de sistemas, gestão da tecnologia da informação e redes de computadores.

Ao todo, o Enade 2021 teve 492.461 inscritos das 30 áreas. Do total, 74% foram de licenciatura e 19%, de bacharelado e 7%, de cursos tecnológicos. Os alunos de IES privadas representaram 67% dos universo de inscritos. Pela primeira vez, o número de estudantes de graduações à distância foi maior que o presencial, sendo respectivamente, 52% e 48%. Por outro lado, a maioria dos cursos avaliados foi na modalidade presencial (87%).