O novo ministro da Educação, Camilo Santana, assumiu o cargo nesta segunda-feira (2) em cerimônia realizada na sede da pasta em Brasília. O presidente da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES), Inácio de Barros Melo Neto, prestigiou o evento, representando o compromisso da entidade com a educação de qualidade e o diálogo com o poder público.
“É com muita honra e senso de responsabilidade que inicio hoje essa nobre missão dada pelo presidente Lula de ajudar a resgatar a educação do nosso país”, frisou. “São muitos os desafios, mas estou convicto de que conseguiremos avançar”, ressaltou Santana, que afirmou que estará “sempre aberto ao diálogo franco e respeitoso” com entidades e organizações do setor. “Iremos enfrentar os problemas e encontrar as soluções juntos”.
Entre as promessas feitas pelo novo ministro, estão a melhoria do orçamento, o plano de retomada do Fies e do Prouni, mais investimentos em ciência e tecnologia e o fortalecimento da autonomia das universidades. Instituições do ensino superior privado já aguardavam o anúncio de mais recursos para o Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade para Todos (Prouni), iniciativas bem destacadas durante a campanha eleitoral.
“A AMIES acredita na colaboração entre o poder público e o setor privado. As IES privadas têm sido o principal motor da expansão do ensino superior nas últimas décadas. No entanto, entendemos que o poder público deve aumentar a sua participação. Quanto mais recursos para programas como o Fies e o Prouni, mais estudantes serão beneficiados e poderão cursar a graduação com qualidade e segurança”, salientou Inácio de Barros Melo Neto.
Em discurso, Camilo Santana afirmou que o Ministério da Educação também terá como prioridades a alfabetização na idade certa, o aumento do número de escolas em tempo integral, o plano de recuperação da qualidade da merenda escolar e a recuperação da credibilidade do Enem. A nova gestão também determinou um estudo para a retomada de todas as obras de creches e de escolas, que estão paralisadas por falta de repasses de recurso federal.
Santana já havia anunciado que duas gestoras que trabalharam com ele no Ceará integrarão a equipe do novo governo. A secretaria-executiva ficará a cargo de Izolda Cela, ex-governadora do Ceará. Para o comando do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a escolhida foi Fernanda Pacobahyba, ex-secretária de Fazenda do estado.
Experiência – Governador do Ceará por oito anos, entre 2014 e 2022, Santana foi eleito neste ano para o primeiro mandato como senador. Com 54 anos, ele é formado em engenharia agrônoma, com mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará. Servidor público federal concursado do Ibama, também atuou em secretarias do Governo do Ceará, antes de ser eleito para comandar o Executivo estadual.
No Ceará, Santana implementou a política de educação em tempo integral nas escolas de ensino médio regular e ampliou o Programa de Alfabetização na Idade Certa (PAIC). Durante a pandemia, o governo dele também distribuiu tablets e chips de Internet a todos os estudantes da rede pública estadual. No ensino superior, regionalizou a educação pública cearense, ampliando os campi das universidades estaduais do Ceará, Regional do Cariri e do Vale do Acaraú.