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Governo prepara Pé-de-meia para estudantes de licenciaturas

Em novembro, o governo federal deverá apresentar um conjunto de ações para valorizar os professores da educação básica. Entre as medidas, está prevista uma extensão do Programa Pé-de-Meia para incluir os estudantes de licenciaturas. A informação foi confirmada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, que explicou que a medida visa incentivar jovens que queiram iniciar a carreira docente. “Dentro dessas ações [que serão anunciadas], vai ter um incentivo, que vai ser até o Pé-de-Meia da licenciatura, que é para estimular que jovens que estão fazendo Enem já possam ingressar na universidade com uma bolsa de apoio”, explicou.

De acordo com o secretário Alexandre Brasil, da Secretária de Educação Superior do MEC, a ideia inicial é contemplar especificamente os estudantes das instituições de ensino federais. Embora os detalhes sobre o programa ainda estejam sendo discutidos na pasta, o direcionamento é atender os alunos que ingressaram no ensino superior por meio de políticas de cotas e os estudantes cadastrados do CadÚnico do governo federal. “A princípio, [focaremos nos] alunos das federais. Nós precisamos pensar em volume. São dez milhões de estudantes em universidades hoje no Brasil: oito milhões em particulares e dois milhões em públicas. Então, a gente está olhando primeiro para o aluno do CadÚnico e para o que entrou via cotas”, disse ele em entrevista ao portal G1.

De acordo com Camilo Santana, também será anunciado um concurso unificado para professores do país. O programa será por adesão das redes, tanto municipais como estaduais. “Estou adiantando aqui como é que vai ser, em primeira mão. Mas um dos pontos que acho importante é a sociedade compreender a importância do reconhecimento e da valorização dos professores no nosso país. Isso é uma discussão no mundo inteiro”, afirmou ele à Agência Brasil.

A ideia era de que as medidas fossem anunciadas em outubro, marcando as celebrações do Dia do Professor. Mas a divulgação precisou ser remanejada por “problemas do ponto de vista orçamentário”, segundo o ministro.

Foto: MEC/Divulgação