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Ricardo Stuckert/PR

Novo MEC confirma compromisso com ampliação de programas de acesso ao ensino superior

O novo ministro da Educação, Camilo Santana, confirmou que o governo federal está comprometido com o plano de retomada de programas de acesso ao ensino superior. Instituições privadas aguardam o anúncio de mais recursos destinados ao Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade para Todos (Prouni), iniciativas bem destacadas durante a campanha eleitoral. Ao assumir o cargo no início de janeiro, Santana afirmou que estará “sempre aberto ao diálogo franco e respeitoso” com entidades e organizações do setor. “Iremos enfrentar os problemas e encontrar as soluções juntos”, ressaltou. “São muitos os desafios, mas estou convicto de que conseguiremos avançar”.

Em reunião com reitores de universidades federais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o Fies e minimizou as críticas sobre os custos do programa. “O Brasil tem milhões de pessoas que sonegam impostos. E eu vou me incomodar com a dívida de um estudante? Eu tenho certeza que o jovem que arrumar emprego vai cumprir com o compromisso de pagar sua dívida”, salientou. “Quem vai financiar o Fies é o Estado brasileiro. Nós vamos dar um voto de confiança à juventude”.

Na ocasião, Lula também mencionou a “resistência” em alguns Estados quanto à formação de médicos. “Temos que combinar o desejo da pessoa estudar com a necessidade que o país tem de qualificar pessoas. Precisamos investir mais em engenharia, medicina. Em São Paulo, eles são contra formar médicos demais, mas na maioria desse país, a gente tem carência de médicos”, enfatizou. O assunto, inclusive, integrou a pauta da reunião do MEC com representantes do ensino superior particular. De acordo com Santana, em breve será restaurado o Grupo de Trabalho para analisar a nova política de formação médica do país. A pasta também pretende atuar para a desburocratização do processo regulatório, numa “gestão de transparência e diálogo” com as IES.

“A AMIES acredita na colaboração entre o poder público e o setor privado. As instituições privadas têm sido o principal motor da expansão do ensino superior nas últimas décadas. No entanto, entendemos que o poder público deve aumentar a sua participação. Quanto mais recursos para programas como o Fies e o Prouni, mais estudantes serão beneficiados e poderão cursar a graduação com qualidade e segurança”, frisou o presidente da AMIES, Inácio de Barros Melo Neto.

Equipe – Entre os nomes anunciados para o segundo escalão do MEC estão o de Denise Carvalho para Secretaria de Educação Superior (SES), Helena Sampaio para a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), Mercedes Bustamante para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Manuel Palácios para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).