A busca por financiamento estudantil cresceu 38% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Esse é o resultado de um levantamento realizado pela plataforma Pravaler, destinada a facilitar o acesso ao crédito estudantil. Esse panorama une os dados divulgados pelo Ministério da Educação sobre o Financiamento Estudantil (Fies) e informações de 500 instituições que integram cinco grandes grupos de ensino superior privado.
O quadro mostra ainda que os cursos da área de saúde são os mais procurados, com exceção de direito, que ocupa o primeiro lugar no financiamento ofertado pelas IES privadas, seguido de psicologia, enfermagem, medicina, medicina veterinária e odontologia. No Fies, os mais buscados são medicina, direito, enfermagem, odontologia, psicologia e fisioterapia.
“O setor privado é responsável pela massificação do ensino superior. Para atender à demanda dos estudantes e facilitar o acesso à educação superior é preciso ampliar a cooperação entre o Poder Público e iniciativa privada. Essa parceria passa necessariamente por políticas como o Prouni e o Fies”, ressaltou o presidente da AMIES, Moses Rodrigues.
Nesse sentido, a AMIES tem defendido a revisão no aporte das instituições para o Fundo Garantidor do Financiamento Estudantil (FG-Fies), especialmente para as mantenedoras que entraram no sexto ano de adesão ao Novo Fies. O tema, inclusive, foi tratado em reunião extraordinária da AMIES no mês de junho. A Associação defende que a limitação do aporte seja fixada em 16,5%, que corresponde ao percentual médio aplicado entre o segundo e o quinto ano de adesão ao programa, conforme previsto na Resolução FNDE 20, de 30 de janeiro de 2018.
O MEC ainda estuda qual percentual irá propor no conjunto de alterações do Fies que será levado para apreciação do Congresso Nacional, por meio de Medida Provisória ou de Projeto de Lei com Urgência Constitucional. “Entendemos que a edição de MP é mais adequada, tendo em vista a maior celeridade de sua tramitação”, explicou o assessor jurídico da AMIES, Esmeraldo Malhei-ros.
A expectativa do setor educacional é de que o MEC revise as regras do Fundo, evitando prejuízos irreparáveis às instituições privadas e a redução do acesso ao ensino superior.
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