AMIES

Comandado por Camilo Santana e Izolda Cela, MEC será reestruturado em 2023

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva escolheu o ex-­governador do Ceará Camilo Santana para chefiar o Ministério da Educação. “Sinto­-me honrado com a missão. Um grande desafio, que abraço com toda determinação para fazer o melhor. Só acredito no crescimento de um país, de forma justa e sustentável, quando a educação é tratada como prioridade absoluta, com mais oportunidade para os jovens”, salientou.

Governador do Ceará por oito anos, entre 2014 e 2022, Santana foi eleito neste ano para o primeiro mandato como senador. Com 54 anos, ele é formado em engenharia agrônoma, com mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará. Com início de carreira como servidor público federal, ele atuou também em secretarias do Governo do Ceará, antes de ser eleito para comandar o Executivo estadual.

Após a confirmação de seu nome como futuro ministro da Educação, Santana informou que duas gestoras que trabalharam com ele no Ceará integrarão a equipe do novo governo. A secretaria-­executiva ficará a cargo de Izolda Cela, atual governadora do Ceará. Para o comando do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a escolhida foi Fernanda Pacobahyba, secretária de Fazenda do estado. A expectativa é de anúncio de mais nomes nos próximos dias. “Trabalharemos com empenho e compromisso para a melhoria da educação do Brasil”, disse Izolda.

Entre as primeiras iniciativas do novo governo está a reestruturação da pasta. “A gente precisa reorganizar o Inep, a Capes, o FNDE, que são estruturas muito importantes para a execução das políticas de educação no Brasil”, frisou Santana. A recomposição do orçamento da educação também está na lista de prioridades. “Os desafios são enormes. Já conseguimos recuperar um pouco do orçamento do ministério já para 2023”, destacou, em relação ao acréscimo de R$ 12 bilhões previsto na Emenda Constitucional 126. Nas próximas semanas, o MEC deve reunir os secretários estaduais de educação e reitores de institutos e universidades federais, além de fazer um levantamento sobre obras paralisadas. De acordo com a equipe de transição, a melhoria do investimento das instituições federais e a garantia das bolsas de estudos para estudantes e pesquisadores é “fundamental para uma educação de qualidade”.

A expectativa do ensino superior privado é de que haja anúncios de mais recursos para o Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade para Todos (Prouni), além da desburocratização do processo regulatório e decisão sobre a nova política para autorização de novos cursos e aumento de vagas da graduação de medicina no país.

A cerimônia de posse será realizada no dia 2 de janeiro. A AMIES estará presente representando o compromisso com a educação de qualidade e o diálogo com o poder público.